01 dezembro, 2009

Parando para Rir



Coisas de Igreja



O templo físico ainda hoje causa um certo efeito sobre as pessoas.

O mesmo cara que é bonachão lá fora, ao entrar no templo fica solene, sóbrio, sério.
Existe uma reverência dentro do templo como se Deus estivesse só lá dentro.
Todos nós sabemos que não é dentro e sim aqui dentro que Deus está.

Essa condição as vezes cria situações embaraçosas.
Cada um deve ter suas próprias histórias pra contar, eu já tive um ataque de risos no meio de um culto que simplesmente não conseguia controlar.
Outra vez ministrando o louvor sinto um cheiro suspeito e não era de capeta, o abençoado músico ao meu lado estava com uma incontrolável flatulência.


Mas duas situações eu considero as mais engraçadas que já presenciei dentro de um templo.
Como disse antes, ao entrar no templo as pessoas mudam a postura e também de linguajar.


Num culto de oração, durante a palavra, o pastor (não adianta pedir que eu não vou dizer quem é) estava exemplificando a figura de linguagem usada.
Ele falava a respeito de estar perdido, sem direção, no mato sem cachorro.
Então ele resolveu pedir à um irmão que acabara de se mudar de Goiás que expressão usava-se lá para essa mesma situação.
O irmão muito inocente não pensou duas vezes e soltou:
- Lá a gente diz que tá na merda mesmo!
A pastora que estava sentada na primeira fila ficou vermelha, a igreja inteira segurou o riso.
Pra dar um tom mais trágico o pastor não entendeu, ou não acreditou no que ouviu, e perguntou novamente.
- Lá a gente diz que tá na merda mesmo pastor!
O riso foi geral, o pastor ficou sem jeito, teve que improvisar pra voltar ao foco da pregação, mas no fim tudo deu certo.


A segunda situação cômica foi ao recebermos um pregador de fora em nossa igreja.
O pregador seguia a linha animada, pulava e gritava. A igreja como de costume segue o ritmo do pregador.
Cada glória! do pastor era um glória! da igreja.
Glória daqui, Glória dali, um irmão (não adianta pedir que eu não entrego) se empolgou e soltou um famigerado:
- P U T A   G L Ó R I A !!!
Eu chorava de rir e a igreja não entendia, ninguém ouviu, eu estava ao seu lado.
O uso da palavra ali foi como um advérbio de intensidade, seria algo como muita, mas muita glória mesmo.


Nossos ouvidos como que recebem um polimento ao entrarmos no templo.
Na rua, em nosso trabalho, em lugares comuns, ouvimos todo tipo de palavreado xulo e não damos atenção especial à isso.
Porém dentro do templo, como se nossos ouvidos recebessem um polimento, ao menor sinal de palavras não apropriadas já percebemos.


Se você também tiver histórias engraçadas que aconteceram com você ou que você presenciou, nos envie e publicaremos aqui.




Abraço,


Duda.

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