02 março, 2010

Ainda sobre as pulseiras do sexo


por Eduardo Gazola
Pra quem estava em outro planeta ou simplesmente não acompanhou esse blog ou toda internet nesses dias, já falamos sobre elas aqui e aqui, ou seja, não é novidade... Mas essa notícia realmente chamou-me a atenção:

Vereadores proíbem pulseirinhas do sexo em Santa Catarina.

É ... parece que agora o poder público também se deu conta do problema. Fato é que se nos lares essas crianças e adolescentes tivessem um exemplo, um apoio, uma linha a seguir, possivelmente os vereadores não precisariam se preocupar em fazer uma lei para proibir o uso das pulseiras, uma vez que para o adolescente o proibido só é mais atraente.

Deixem nos comentários suas opniões a respeito do caso.

Abaixo a notícia na íntegra:
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FLORIANÓPOLIS - A Câmara de Vereadores de Navegantes, em Santa Catarina, aprovou, no início da noite desta segunda-feira, um projeto de lei que proíbe o uso das polêmicas "pulseirinhas do sexo" nas escolas do município. Os adereços colocam adolescentes em um jogo que consiste em romper a pulseira do outro e, conforme a cor, ganhar de um abraço a uma relação sexual. A novidade deixou os educadores em alerta depois que uma menina tentou beijar a colega em uma escola de Itajaí.

O projeto é de autoria do vereador Marcos Paulo da Silva (PT) e foi aprovado por unanimidade. Para entrar em vigor, falta a sanção do prefeito Roberto Carlos de Souza (PSDB). Além de proibir o uso das pulseiras, a lei prevê que professores e a direção das escolas façam reuniões com pais de alunos para orientações.

- Assim que chegar a mim (o projeto), pretendo sancioná-lo. Sou contra isso. Essa brincadeira traz, precocemente, algumas experiências sexuais aos jovens - defendeu o prefeito.

A mania surgiu na Inglaterra e chegou ao Brasil no final de 2009. Agora, com o início do ano letivo, pedagogos e orientadores estão apreensivos com a sua proliferação entre jovens nas escolas. A oferta e o preço acessível, R$ 2 por 10 pulseiras sortidas, atraem os adolescentes.

O importante, na visão do especialista em sexualidade José Claudio Diniz, é orientar os jovens que as pulseiras são apenas uma manifestação das relações de amizade.

- E a questão da sexualidade não deve ser tratada por meio de pulseiras coloridas. Pais e professores não devem associar o sexo a algo ruim. E, sim, explicar que o sexo é algo bom, mas não nessa idade - argumentou Diniz.

Marialva Spengler, professora de Psicologia da Educação da Univali, orienta que os pais boicotem a pulseira caso a brincadeira entre em um contexto malicioso.

- Eu também sou mãe. Comprei algumas dessas pulseiras e mostrei para o meu filho de 14 anos. Expliquei os significados a ele e nos entendemos. O importante é conversar e proibir em caso de excessos - apontou Marialva.

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