22 março, 2010

A Morte do Eu dói !

por Luciano Gazola



A morte do eu dói, mas não é a morte da alegria, do bom humor e da simpatia – Jesus convidou a todos, mas nem todos entenderam.

A morte do eu (e do eu mesmo). Um dos principais desafios a que o Evangelho nos convida é a morte do eu. Jesus disse: Se quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Mas o que isso realmente significa em nossas vidas, em nossa fé? O Evangelho é um convite, sempre um convite, que parte de Deus e não dos homens. Ainda bem que é assim.


Certamente que nós não convidaríamos todos para fazer parte de nosso seleto grupo de “crentes”. Mas Jesus convidou. Convidou todos! Nem todos entenderam. Aceitaram, mas não entenderam. Pedro demorou para entender, mas depois do galo cantar, entendeu. O profeta entendeu quando disse ser o mais miserável dos homens. Paulo entendeu ao dizer que era o maior de todos os pecadores. João Batista declarou a morte do ego quando proferiu a célebre frase: “Convém que Ele cresça e que eu diminua”. Na cruz, Jesus confirmou dizendo: “Que se faça a Tua vontade e não a minha”.

A morte do Eu dói. A cabeça de João foi parar numa bandeja, Paulo foi açoitado, Pedro rejeitado, o profeta excomungado e Jesus substituído por Barrabás na cruz do Calvário. Não há morte do eu sem dor. E você! Já aceitou o convite? Antes de aceitar, precisa se entender. A morte do eu dói, mas não é a morte da alegria, do bom humor, da simpatia, como pensam alguns “super crentes” dos dias de hoje. A morte do eu não é fim da vida, mas o inicio. Tem gente que confunde a morte do eu com privação, legalismo, fardo, baixa estima. Para estes, a morte do eu dói mais do que deveria. Negar a si mesmo é assumir dependência de Deus. “Alegrai-vos, alegrai-vos no Senhor”, disse Paulo. Negar a si mesmo é perguntar para o Senhor se “os caminhos de minha alma são o que de fato devem ser”. Negar a si mesmo é desfrutar a superabundante graça de Deus. Negar a si mesmo é ser livre, liberto pelo Filho do seu amor. Que o Espírito Santo possa ministrar aquilo que não cabe nas linhas de um informativo.
Um abraço gente boa..

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