06 julho, 2010

Eu não evangelizo!


por Marco Alcantara
Se evangelizar é encontrar uma pessoa na rua e com toda cara de pau dizer "Jesus te ama" e dar as costas, eu não evangelizo.

Se evangelizar é tocar hino nas praças e ir para casa se achando o máximo, eu não evangelizo.

Se evangelizar é ir numa marcha para fazer propaganda de igreja e cantores, eu não evangelizo.

Se evangelizar servir para arrastar pessoas para igreja quando tem festinhas com comida e montar esquemas para ela se sentir bem-vinda somente naquele momento, eu não evangelizo.

Se evangelizar é entregar folhetos que serão jogados no chão e criará mais sujeira nas ruas, eu não evangelizo.
Se evangelizar é pregar com base para embutir culpa nas pessoas bombardeando-as com idéias de pecado e conseqüentemente o inferno para os maus e céu para os bons, eu não evangelizo.
Se evangelizar é convencer as pessoas a se protegerem do mundo dentro de uma igreja que acaba se tornando um bunker contra toda guerra espiritual e ofensivas do diabo, eu não evangelizo.
Se evangelizar é sistematizar o Evangelho, eu não evangelizo.

Agora se evangelizar é caminhar junto, estar presente na vida das pessoas, ser ombro amigo, chorar e rir em vários momentos, então eu creio que eu evangelizo.
Afinal entendo que o maior evangelismo de Cristo, foi estar ao lado, foi comer junto e presenciar toda a aflição e alegria do teu próximo.
Creio que evangelizar é sinônimo de relacionamento. O verdadeiro evangelho não é feito de seguidores e sim de amigos.

Portanto, se evangelizar é partilhar o pão nosso de cada dia, eu evangelizo.

***

Busquei no Lion of Zion!

6 comentários:

Pr Abel Francelino disse...

Sim é claro que compartilhar as boas nocvas da salvação está intríncico o caminhar junto, mas Jesus apesar de caminhar junto, também falou da necessidade de deixar o pecado, de mudar de vida, e também anunciou o juízo, creio que não podemos ficar só com a parte agradável do evangelizar, pois na mensagem, quer seja pregada verbalmente, por atitudes, cantada ou as vezes até com o silencio chama a uma renuncia de si mesmo, de coisas e até de pessoas como Cristo afirmou.

Liv disse...

É por aí mesmo, Gazola. Evangelizar é viver. É conviver. Esse foi o maior exemplo de Cristo.

Eduardo Gazola disse...

Pastor Abel (Cristianismo autêntico)

Graça e Paz querido!
Mas um amigo de verdade, ao compartilhar a alegria e a tristeza, não será aquele que vai passar a mão na cabeça do seu amigo e apenas falar da 'parte boa' ...

Penso que és mais meu amigo quando me aponta o erro ajudando a corrigir o mau caminho, e não quando se omite para não me ferir.

Esse caminhar junto é também ensinar a trilha e chutar as pedras.

A boa nova do evangelho nos leva a viver uma vida plena, pq nEle sabemos que somos remidos e não em nós.

A intenção do autor foi demonstrar a inversão de valores presente em nossas instituições, uma vez que o ativismo se tornou maior que a boa nova do evangelho de Cristo.

Abração querido, fica com Deus!
Duda

Eduardo Gazola disse...

Oi lívia, paz amada!

Vivendo é que demonstramos verdadeiramente o que é o evangelho em nossas vidas.

Quando vivemos não podemos disfarçar a verdade de nossas ações, não o tempo todo.

Quando as minhas ações são maiores que minhas palavras, e minhas atitudes 'falam' por mim, aí eu evangelizo de verdade.

Indo por todo mundo pregai o evangelho a toda criatura.

Eu preciso viver o evangelho para poder evangelizar.

Fica com Deus minha querida!
Duda

Abel disse...

Concordo que evangelizar ou anunciar o evangelho tem haver também com relacionamento que creio eu ser mais o discipular do que o anunciar, mas a minha preocupação é quando fechamos uma ação que é tão ampla e tão surpreendente e julgamos quem pode estar realmente fazendo de coração, seja o entregar um folheto, seja cantar na praça ou convidar para a mesa claro que não achando aquilo o máximo ou o fim em si, afinal devemos pregar em tempo e fora de tempo aproveitando todas as oportunidades possívei pois a vida está passando.
Por exemplo; há pessoas que encontraram Jesus apartir de uma música que ouviu na praça ou uma peça de teatro apresentada na praia na virada do ano no meio dos terreros de umbanda, candomblé, espiritismo etc. ou na passagem em uma praça em dia de festa de São João onde alguém cantou ou pregou uma mensagem rápida; há outros que se converteram com uma frase tipo "Jesus te ama" pois veio em um momento de extrema carência e necessidade que deixou o coração quebrantado, vejo que depende muito de onde a semente cai, o tipo de solo que vai encontrar. Quando ficamos criticando quem está fazendo com motivação errada não podemos cair no perigo de invalidar os métodos de fechar a porta para vários de tipos de ações que poderão ser válidas dependendo do coração de quem faz ou de quem recebe. Essa é a minha colocação, não somos donos da verdade, e mais importante do que falar é fazer.

Eduardo Gazola disse...

Por outro lado pastor, entendo a opinião do autor, quando ele diz que ele evangeliza, mesmo que fora do método tido por padrão institucional, que é entregar folhetos ou organizar eventos ...

O evangelismo que ele defende é o de uma vida autêntica, a mesma que temos pregado, uma vida que faça sentido tal que as pessoas ao redor encontrem sombra e segurança.

Não invalidando os métodos mas defendendo o que deferia ser natural do cristão, o que deferia falar mais alto.

Quando ele diz 'cantar na praça e voltar pra casa sentido-se o máximo' ele questiona justamente essa coisa vazia e mecânica, aonde o evangelizar se torna uma ação isolada e dentro de uma caixinha ...

Esse é o ponto a ser questionado.

Evangelizar precisar ser muito mais do que isso, pregai em todo tempo e se preciso use palavras.

Abração querido!