16 dezembro, 2009

Eu sempre irei crer no milagre de Deus - Por Eduardo Gazola


Eu sempre irei crer no milagre de Deus.
Porém quando eu abro a minha bíblia, e encontro milagres de Deus, todos eles tiveram propósito.
Não vi ninguém receber um milagre simplesmente para viver melhor.


As pessoas são egoístas, e por seu egoísmo acreditam realmente que ao levantar de madrugada vão conseguir dobrar o todo poderoso e assim conseguir resolver suas pendengas com menos suor. Sabemos que ao passar dos anos isso ira frustrar, arrebentar mesmo com o crente que assim espera.


Acredito sim que buscando em Deus Ele pode nos responder, mas a resposta é dEle, os planos e pensamentos são dEle e eu não posso encaixotar nem tabelar a mão de Deus. Ele age como e quando bem quer, conforme sua soberania e sabedoria. Não podemos, nem devemos, incentivar um método de encaixotar a vontade de Deus, sendo Ele soberano somente Ele poderá nos responder conforme sua soberana Graça.


Quando jejuamos, oramos de madrugada, estudamos a palavra, fazemos uma campanha ou fazemos qualquer dessas coisas com o intuito de alcançar favor de Deus, corremos o risco de criar uma 'bula' com a receita mágica de mover a mão de Deus. Sabemos que não é desse jeito, então enfatizamos que não é pelo muito falar que o crente será ouvido. Mas o crente normalmente prefere a bula.


Ao meu ver a grande questão está na intenção. Ali mora todo o problema. A palavra nos diz que 'muito pode a oração do justo em sua eficácia', sabemos que essa foi a diferença entre Caim e Abel, entre os que sinceramente adoram à Deus e os que cumprem uma liturgia ou um ativismo.


Mas de fato aonde chegamos com isso? Esse entendimento é total graça de Deus, de modo que não podemos impor nem mesmo forçar à que todos entendam isso. Cada um ao seu tempo poderá acordar ao que é de Deus e ao que é do homem. A obra é consequência disso e não o contrário, quando realmente a pessoa busca à Deus, a obra é consequência natural disso. Ela vai amar as pessoas incondicionalmente e vai agir em função disso.



Quando vemos líderes ou mesmo componentes de ministérios, seja ele qual for, louvor, interseção, diaconato, etc, ardendo-se em ciúmes, causando facções, humilhando aos demais, ..., isso nos mostra que há um grande ativismo presente em nossas igrejas, mas pouco relacionamento íntimo com Deus. Todos somos falhos, todos devemos buscar a excelência, mas o amor de Deus é marca do Espírito Santo agindo em nossas vidas.


Encerrando, enquanto as pessoas buscarem o milagre para resolver os seus problemas ao invés de serem pessoas melhores, o ativismo irá imperar e fatalmente a frustração virá, cedo ou tarde.


Que Deus tenha misericórdia de nós nesses dias maus.


Em Cristo,


Duda.

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