Por Luciano Gazola
Um dia me disseram que eu era livre. Meu primeiro ato de liberdade causou-me uma marca na testa que carrego até hoje, no álbum infantil o registro do primeiro tombo.
Nos atalhos da Teologia troquei liberdade por livre arbítrio e hoje, liberdade de novo! Me Libertei dos atalhos, pelo menos desse atalho.
O perigo de um mundo cheio de trilhas é taxarmos os caminhantes pelos sapatos que usam, pelos caminhos que escolhem. Caminhante é sempre caminhante, tira-se a roupa, os sapatos e fica o caminhante...
Um dia me disseram que eu era guia de uma destas trilhas, e fui. Aprendi a subir montanhas, fazer fogo com gravetos, comer sementes e apontar o caminho. O problema é que de cima da montanha enxerguei outras trilhas e elas também levavam a algum lugar e Ele também estava lá.
Me assustei! Pensava mesmo ser a minha trilha a única, não achava que era a melhor.
Achava que era a única.
Resolvi observar outras trilhas, outras tribos. Usavam roupas parecidas com as minhas e as minhas eram diferentes das dos meus caminhantes.
Cansei de apontar o caminho, resolvi ir lá e ver. E vi!
Era mesmo outra trilha, outros caminhantes, outras roupas, outras montanhas, mas Ele também estava lá!
Agora caminho. Carrego na mochila a sinceridade de quem quer andar, a fé de quem sabe quem esta lá e o amor que fará pegadas no caminho.
To aprendendo caminhar. A minha trilha eu conhecia muito bem, mas ela me fez perigosamente acreditar que era única e não era a única!
Luciano Gazola,
Fátima do Sul-MS,
8 de Março de 2012.
Um comentário:
Postei ni Face pois acho que é muito pertinente a reflexão do Luciano. Todos caminhantes, não importa a roupa, trilha ou montanha.
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