22 março, 2010

Autoridade da Biblia

por Luciano Gazola
Unidade e coerência:
A Palavra do Senhor


A palavra grega cânon era usada para designar um objeto de madeira que servia de padrão para alinhar ou nivelar trabalhos de carpintaria ou de pedreiro. Os evangélicos passaram a chamar então de canônicos ou inspirados os livros que passavam no teste. Eram aqueles que obedeciam o padrão fixado pelos livros sagrados. O cânon do Velho Testamento foi feito por um judeu escriba chamado Esdras, provavelmente também o fundador das sinagogas. Data do século V antes de Cristo, no período do Rei Artaxerxes Longânimo. Os 39 livros ficaram conhecidos como a Bíblia dos Judeus, Bíblia que Jesus tanto usou em seu ministério. O Cânon do Novo Testamento veio a ser fechado em Cartago, 397 anos depois de Cristo. Lutero resistiu em aceitar o livro de Tiago, mas depois de muito estudo o aceitou, fechando assim o cânon do NT.No Velho Testamento, quatro eram as bases principais para autenticar os livros: Autoria, Conteúdo, Universalidade e Inspiração. Já no Novo Testamento foram utilizados outros critérios: Conteúdo, Efeito moral e o Testemunho da Igreja. Outro fator ainda: o autor deveria ter tido contato com Jesus ou com alguém que o tivesse tido.



Evidências ou provas


1. Opinião de Jesus - Cristo reconheceu a autoridade da palavra ( Mt. 4.4, Mc. 14.27 ); chamava-a de Palavra de Deus ( Mt.19.4, Jo. 10.34 ) e cria ser ela a revelação inspirada ( Mc. 12.36 ). Ele citou todas as partes do Velho Testamento: A lei em Mt. 4.4, os livros poéticos em Mc. 12.10 e os profetas em Mc. 7.6. Conhecia e reconhecia os episódios narrados como sendo verdadeiros ( Mt. 11.21, 12.3, 22.32, Lc. 4.25-28, 11.30, 17.26-28 e João 3.14 e 8.56 ). Ele aceitou a autoridade das Escrituras em relação a seus ensinos e atos ( Mt. 12.3-5 ) e em seu ministério ( Mt. 26.24 ). Mas Jesus também reconhecia a autoridade e o poder de suas palavras ( João 6.66 , Marcos 13.31, Mateus 5.21 ). Os apóstolos atestaram autoridade das palavras do Mestre ( Atos 20.35, I Cor. 7.10, 11.23).



2. Evidência Interna - A Palavra afirma ser de Deus, II TIM. 3.16, II Pedro 1.21. Vários escritos reivindicam autoridade absoluta, Deut. 27.26, II Rs 17.13, Is 8.20, Gl 3.10, I Pedro 2.23. Um Livro dá testemunho do outro, Josué 1.7 e 8 Esdras 3.2, Neemias 8.1 Daniel 9.1, atos 1.16, I Pedro 1.10 e 11, II Pedro 3.15 e 16. Em mais de 3.800 vezes lemos referencias como: Assim diz o Senhor, disse o Senhor e veio a palavra do Senhor.



3. Profecias Cumpridas - Quase um terço do seu texto é profético. Na sua grande maioria já se cumpriram, como é o caso as que se referiam a vinda de Jesus, o Messias. As profecias bíblicas são exatas e muitas delas foram dadas séculos antes de cumprir. Somente um livro dado por Deus poderia ser assim tão maravilhoso.



4. Exatidão Histórica - Historiadores e arqueólogos ateus passaram bom tempo tentando provar a fragilidade da Bíblia. Em cada estudo e em cada descoberta, sempre descortinaram mais um fato a favor da Bíblia. A arqueologia comprova a veracidade da Bíblia. Vejamos um exemplo: Daniel, capitulo 5, nos fala de um rei chamado Belsazar. As listas encontradas de reis da Babilônia não falam de nenhum Belsazar. O último rei da Babilônia teria sido Nabonidopelo e vários historiadores declararam, com enorme alarido, suposto erro da Bíblia. Entretanto, anos mais tarde, descobriu-se que Belsazar era o filho mais velho de Nabonidopelo e co-regente com ele, de modo que podia legitimamente ser chamado de rei. Era ele quem reinava na Babilônia quando seu pai dirigia as campanhas militares, como é o caso de Daniel 5. A Bíblia estava certa.



5. Unidade - A unidade e coerência com que a Bíblia foi escrita é uma prova de sua inspiração. De que outra maneira um livro com 66 livros e 40 autores, escrito num período de 1500 a 2000 anos, poderia ser escrito? A única explicação está no autor, a saber, Deus.



6. Repetição de Leitura - Pode até parecer simples, mas que outro livro se pode ler uma, duas, dez ou tantas mais vezes e, ainda assim, aprender, aplicar os ensinamentos no nosso contexto, sem perder seu valor e sua riqueza.







7. Circulação - A bíblia é de longe o livro mais vendido, traduzido e distribuído de toda humanidade. Nenhum outro livro é tão valorizado.



8. Atemporalidade - A Bíblia é um livro atemporal ou seja, não está preso ao tempo. Sendo um livro tão antigo e ainda por vezes arcaico, como poderia ser útil ainda em pleno século XXI? No entanto, cada geração encontra na Palavra o mesmo tesouro encontrado por outras gerações. Em nosso dias, um livro com dez anos passa a ser antiquado. A Bíblia porém permanece para sempre. A explicação está no fato dela ser a revelação do Deus Eterno para o homem de todos os tempos.



9. Indestrutibilidade - Nenhum outro livro foi tão perseguido quanto as Escrituras. O resultado de tais perseguições acabou sempre em maior divulgação da Palavra.



10. Influência - Nenhum outro livro na história produziu diferenças nas vidas dos homens como a Bíblia. Dizia Lutero: “Ela é um Leão“; se a soltarmos, ela devora, transforma e regenera vidas. O resultado prático da Bíblia é inigualável e nos prova que ela é a Palavra de Deus.



Segundo Webster, “ inspiração é a influencia sobrenatural do Espírito de Deus sobre a mente humana, pela qual os profetas, apóstolos e escritores sacros foram habilitados a exporem a verdade divina sem nenhuma mistura de erro” . Já Ryrie diz que “ inspiração é o superintender de Deus sobre o homem para que, usando as suas próprias personalidades, ele compusesse e registrasse, sem erro, a sua revelação nas palavras dos manuscritos originais”.

2 comentários:

Luci Zeggio disse...

UMA BENÇÃO PARABÉNS IRMÃO
QUE JESUS POSSA TE USAR DIA APOS DIA
FICA COM JESUS

Abel disse...

Muito bom, estou repassando pra todos os meus contatos.
Um abraço